domingo, 26 de janeiro de 2014

Modelos da coleção: Aerospatiale/BAE Concorde, da British Airways

A cereja do bolo: o Concorde!
O 77º modelo da coleção talvez seja a mais famosa aeronave já criada pelo homem.
Quando iniciei a coleção, em 2009, já imaginava em adquirir o mesmo, que, naquela época, era fabricado pela Hogan, em metal, em diversos prefixos da Air France, mas não da British Airways. Sem problemas, pois queria da Air France mesmo. O preço era dos que eu chamo de "mais caros": acima dos US$ 70 (creio que era pouco mais que isso). Mas fui deixando para depois e, de repente, sumiu. De vez em quando aparecia um lá no Ebay, por volta de US$ 300!

Em 2013 surge no fórum DAC a notícia que a Hogan estaria relançando porém nas cores da British Airways, em 3 estilos de pintura pelas quais o Concorde passou na BA. Meses depois apareceu somente em lojas da Inglaterra (nenhuma nos USA). Mas encontrei em diversos pontos do mundo para vender, no Ebay. Quando notei que iria começar a rarear, adquiri o meu  exemplar em 28/11/2013, de lacorunone, do Ebay, pela quantia de US$ 94,95 mais US$ 19,45 de frete. O modelo chegou em 17/12/2013: meu presente de Natal. Embalagem intacta, um pouco diferente das Hogans normais, pois esse é diecast e veio montado: os demais são snap-fits e vem desmontados. 

O modelo é bem acabado, esbelto (fino, como um lápis) e interessante que, ao lado de gigantes como  o A380 e o 747-8, onde ele ficou, mostra-se pequeno, some. Essa segunda leva da Hogan tem um nível de acabamento menor que os da Air France, mas mesmo assim é muito bom, pois para quem não conhece, não vê nenhum defeito. realmente é um desenho não tradicional de aeronave, de asas.



O modelo que escolhi é o de prefixo G-BBDG. Foi o terceiro Concorde construído na Grã-Bretanha e o primeiro de produção deste país (era construído simultaneamente na França). Seu vôo inaugural ocorreu em 13 de fevereiro de 1974, e, posteriormente, realizou uma grande parte do trabalho de certificação do modelo.
O Delta-Golf, como foi chamado, apesar de ter sido uma aeronave de produção, ela nunca entrou em serviço comercial porque a versão final especificada pelas companhias aéreas foi diferente. Em 17 de agosto de 1974 ela se tornou a primeira aeronave a transportar 100 pessoas em Mach 2 - duas vezes a velocidade do som. Após seu último voo na véspera de Natal 1981, o Delta-Golf foi colocado em armazenamento em Filton, na Inglaterra. 
Com o fim oficial do programa de desenvolvimento do Concorde, ela foi posteriormente adquirida British Airways em 1984 para fornecer peças de reposição para a frota de outras sete aeronaves da BA. Para proteger seu investimento e para mantê-la fora da vista do público, a British Airways construíu um hangar especial em Filton em 1988. Em 1995, o nariz do Concorde G-BOAF foi danificado em um acidente em Heathrow, Inglaterra e a BA substituiu-o com o nariz do Delta-Golf. O nariz do G-BOAF foi posteriormente reparado em Brooklands e recolocado no Delta-Golf em 2005. Em 2002 a fuselagem foi usada para testar o ajuste e certificar novas portas de cabine reforçadas, exigidas pelas autoridades depois do 11 de setembro.
Em outubro de 2003, a British Airways ofereceu o Delta-Golf para o Brooklands Museum (Surrey, Inglaterra) para a restauração e exibição pública . Desmantelado por um empreiteiro especialista, chegou por estrada em maio e junho de 2004. Ao longo de um período de 18 meses uma equipe de mais de uma centena de voluntários restaurou a aeronave a sua antiga glória, encontrando-se em exposição até hoje (veja  http://www.brooklandsconcorde.co.uk/).


Foram fabricados apenas 20 unidades. Somente a Air France e a British Airways operaram o Concorde. Brannif e Singapore o alugaram por um curto período. O Concorde voou por 30 anos e foi, junto com o Tupolev TU-144, a única aeronave comercial supersônica. Após um acidente perto de Paris em  25/07/2000, com o vôo 4590 da Air France, onde pereceram 113 vidas, o Concorde passou por alterações técnicas em 15 meses, retornando a seguir ao serviço até outubro de 2003, em virtude dos vôos terem ficado economicamente inviáveis e assim o modelo foi aposentado. Os modelos da Air France operaram frequentemente no Brasil durante vários anos na rota Rio-Paris, via Dacar.

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