quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Modelos da coleção: Consolidated PBY Catalina, da TAA

O 73º modelo da coleção é um ícone da aviação mundial: o Catalina.
Inicialmente projetado para uso militar, é um hidroavião com capacidade para pousar em terra também, ou seja, anfíbio. Após a Segunda Guerra Mundial, muitos Catalinas foram utilizados por diversas empresas de aviação civil para atingir regiões remotas através de rede fluvial ou do mar. A Herpa tinha lançado nas cores da USAF, de combate a incêndios do Canadá e nas cores da Air France (pintura antiga). Eu não queria ter mais modelos nas cores da Air France (já tinha o A320 e o A330-200). Escrevi a Herpa sugerindo lançar o modelo nas cores da Cruzeiro do Sul, empresa que, assim como a Herpa, teve origem germânica. Eles responderam rapidamente e muito educadamente que pensariam no assunto. Meses depois, encontrei um modelo esgotado do Catalina, feito pela JC Wings, nas cores da australiana TAA (Trans Australian Airlines). Encontrei no Ebay de um vendedor da China, por US$ 69,99 incluindo o frete. Comprei em 29/09/2013. Na sequencia, recebi uma resposta do vendedor perguntando se, por mais US$ 5,00 eu não iria querer incluir um seguro (reembolso em caso de não entrega): aceitei. Assim, em 23/10/2013 (o vendedor ainda demorou uma semana para enviar) o modelo chegou livre de impostos e bem embalado. Ao abrir a caixa do modelo, simples (padrão JC WIngs), o modelo encontrava-se sem os flutuadores retráteis. Com calma, encontrei os mesmos dentro da caixa e facilmente os encaixei. O modelo, apesar de pequeno, se destaca dos demais, com seus trens de pouso projetados para fora da fuselagem, as asas altas. Ele tende a ficar embicado, por ter mais peso na cauda mas espero que com o tempo ele se assente normalmente (aconteceu o mesmo com o A321).



O VH-SBV foi construído no Canadá pela Canadian-Vickers em 1944 para a USAF. A partir de 1946 operou pela Cathay Pacific e outras empresas de Hong Kong e Macau. Foi parar na TAA em 1962, onde fazia o Sunbird Services, ligando Austrália e Nova Guiné. Ficou até 1966. Depois, foi destinada à um museu na Nova Guiné, sendo abandonada e posteriormente comprada por um grupo da Nova Zelândia, que pretendia reformar a aeronave para exposição. Em 1987 foi repassada ao museu da força aérea neo-zelandeza, que ainda tenta restaurar a mesma.


No Brasil o Catalina foi uma aeronave importante, tanto na guerra quanto na paz. Na segunda guerra mundial, um Catalina chamado Arará afundou um U-boat alemão na costa do Rio de Janeiro. Em uso civil, atuou bastante na região amazônica nas cores da Cruzeiro do Sul e da Panair. Atuou também no Correio Aéreo Nacional, nas cores da FAB, integrando as populações ribeirinhas e distantes da Amazônia. O Museu da Aeronáutica, no Campo dos Afonsos (Rio de Janeiro, RJ) mantém um exemplar nas cores da FAB.


Nenhum comentário:

Postar um comentário